sábado, 8 de julho de 2017

Livro - Por que repetimos os mesmos erros - Parte II



Capítulo 2: A dupla empatia, exclusividade do psicanalista

Trechos interessantes:
  • por trás de um sintoma esconde-se sempre uma fantasia
  • definição de fantasia: é uma recordação inconsciente, o vestígio deixado no inconsciente, por um psicotrauma infantil
  • a fantasia não é uma memória passiva é uma ferida aberta e sangrenta
  • a emoção vivida conscientemente pela paciente quando sofre do seu sintoma repete a emoção dominante da fantasia de que a paciente não tem consciência
  • se você não entendeu as frases acima, leia umas 2 a 3x que entenderá... Rsrs
Capítulo 3: Definição geral da repetição

A repetição é uma série de pelo menos duas ocorrências em que um objeto aparece (1ª ocorrência), desaparece e reaparece (2ª ocorrência).

Três leis que presidem todo processo repetitivo:
1) Lei do mesmo e do diferente: o mesmo nunca se repete igual
2) Lei da alternância da presença e da ausência
3) Intervenção de um observador que enumera a repetição

Sem observar não há repetição.

Lacan não se limita a constatar que um sujeito pode ser atravessado por uma repetição que ele próprio ignora, mas que é constituído por ela, quer dizer, seu desejo, sua vida e seu destino são moldados pela repetição.

Capítulo 4: Os efeitos benéficos da repetição sadia: autopreservação, autodesenvolvimento e formação da identidade

Este capítulo inicia com o seguinte questionamento: podemos estipular um objetivo para a repetição? Ou ela teria um objetivo predeterminado? Ele cita Spinoza, que reduz toda a existência a tendência a "perseverar no ser".


A vida é a força que faz perseverar as coisas em seu ser.

A repetição tem a finalidade de produzir três efeitos importantes sobre nós: preservar nossa unidade de indivíduo, desenvolver ao máximo nossas potencialidades e consolidar o sentimento de que somos o mesmo ontem e hoje. Assim, a repetição produz um triplo efeito benéfico:

  • a autopreservação
  • o desenvolvimento pessoal
  • a consolidação da nossa identidade
DUAS FÓRMULAS QUE DEFINEM A IDENTIDADE:
- Repito, logo sou
- Sou aquilo que repito

Continua no próximo artigo que fala do melhor capítulo do livro.


Do livro: Por que repetimos os mesmos erros. Nasio, Juan-David; tradução André Telles. -
. ed. rev. - Rio de Janeiro: Zahar, 2014.

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