segunda-feira, 10 de julho de 2017

Livro - Por que repetimos os mesmos erros - Parte III



Nesse artigo iremos discutir os artigos 5 e 6 do livro, o autor relata que o capítulo 6 é um dos mais importantes.

Capítulo 5 - Os três retornos de nosso passado: em nossa consciência, em nossos atos sadios e em nossos atos patológicos

O autor define que existem 3 modos de reincidência do passado no presente:
  • consciência
  • atos sadios
  • atos patológicos
A repetição patológica: designa o retorno compulsivo a um passado traumático que explode em comportamentos irreprimíveis, repetitivos, liberadores de tensão, por vezes violentos e sempre doentios.

Forte esse pedacinho do livro, né? Vamos ler de novo?

A repetição patológica: designa o retorno compulsivo a um passado traumático que explode em comportamentos irreprimíveis, repetitivos, liberadores de tensão, por vezes violentos e sempre doentios.

Ele também diz que a nossa memória é sempre invertida e infiel e que o presente opera como uma lente deformadora do passado.

Cada provação difícil que atravessamos, ou, ao contrário, cada instante feliz que vivemos, é uma nova camada que se acrescenta ao nosso eu e se funde com as antigas camadas que constituem a base da nossa personalidade.

Somos nosso passado em ato.

Sem dúvida, nosso passado nos segue a todo instante: o que sentimos, pensamos, desejamos, desde o nosso primeiro despertar e mesmo muito antes, age no presente.

Numa palavra, somos nosso passado atualizado, nosso inconsciente atualizado.  

Então, de novo: temos o retorno em um ato sadio de um passado afetivamente intenso, conturbado e recalcado; e o retorno em um ato patológico de um passado não simplesmente conturbado, mas traumático. E esse passado traumático é foracluído e recalcado.

O trauma, uma vez vivido, foracluído e recalcado , tem apenas uma impaciência, a de ser revivido ad infinitum.

O trauma é uma droga, e o traumatizado um viciado.

O próximo capítulo que irei comentar agora, foi o mais significativo pra mim! E o mais complexo também! O próprio título já diz tudo: fala da repetição patológica como um retorno compulsivo de um passado traumático que aparece no nosso presente como um sintoma ou uma ação impulsiva.



O próprio autor diz que é o tema mais importante do livro.
Qual é o tema? Repetição patológica e compulsiva.

A repetição patológica caracteriza diversos quadros clínicos psicopatológicos tais como:
  • a repetição inexplicável de fracassos graves
  • a multiplicação de rompimentos amorosos incompreensíveis
  • distúrbios obsessivos compulsivos
  • e finalmente toma uma gama de comportamentos aditivos (toxicomania, perversão sexual, vícios em jogos de azar, etc).
O que é então a repetição patológica? é uma emoção infantil, violenta, foracluída e recalcada que aparece, desapare e reaparece, alguns anos mais tarde sob a forma de uma experiência perturbadora.

O trauma, segundo o autor foi algo vivido pela criança na infância ou puberdade que gerou uma "emoção aguda e violenta" , meio real e meio imaginado. Que podem ser: caráter sexual, ou agressivo, ou melancólico e que faz o sujeito se sentir no centro do acontecimento, seja como vítima, agente ou testemunha.

Esse capítulo trouxe muito aprendizado e não escrevi nem sobre 1/4 dele ficando a 'deixa' para que vocês leiam o livro.

Até o próximo artigo que finalizará o livro!!!

Do livro: Por que repetimos os mesmos erros. Nasio, Juan-David; tradução André Telles. -
. ed. rev. - Rio de Janeiro: Zahar, 2014.

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