quarta-feira, 12 de julho de 2017

Livro - Por que repetimos os mesmos erros - Parte IV


Chega o último artigo sobre esse livro fantástico!

"A repetição temporal é uma série de repetições tópicas que se sucedem na linha do tempo."
J.-D. NASIO

No capítulo 7 o autor fala que a repetição patológica pode ser temporal e tópica. A temporal é sintoma de uma repetição detectável e enumerável. O paciente a tolera, recenseia e dela participa.
O autor divide ainda em repetição horizontal, em que o sintoma recorrente aparece, desaparece e reaparece sucessivamente; e o trajeto de uma repetição vertical, em que a fantasia inconsciente sobe e se exterioriza compulsivamente sob a forma de um sintoma ou de uma passagem ou ato.

O autor generaliza: toda irrupção do inconsciente traumático é compulsiva, explode na superfície do eu e se reproduz no tempo.

O próximo capítulo tem como título "A pulsão é a força compulsiva do gozo". O que é a pulsão? O autor fala como o trajeto percorrido por essa mesma energia psíquica quando ela anseia irresistivelmente por se manifestar; e, sobretudo, quando pensamos na fonte corporal de onde ela brota. As pulsões levam frequentemente o sujeito a viver e reviver emoções infantis perturbadoras, mistura de prazer e dor. Pois como explicar que haja pessoas que, em vez de procurar o prazer, procuram incessantemente reencontrar situações penosas que já conhecem e poderiam ter evitado?
Como compreender que alguém que sabe pertinentemente que tal comportamento lhe é nefasto, procura ainda assim reproduzi-lo, retornar àquilo que o molesta? (São as perguntas super fortes desse capítulo!).

Aí o autor diz: uma pulsão gosta mais de se repetir do que de ter prazer!

Segundo o autor: dividimos a pulsão em:
  • de vida: pulsões de autopreservação, sexuais
  • de morte: de agressão, de autoagressão
As pulsões de vida reduzem ao presente um passado decerto intenso, mas não traumático. Já as pulsões de morte reconduzem ao presente um passado, mais que intenso, traumático.

Em seguida, o autor fala sobre a teoria Lacaniana da repetição (capítulo 9), uma fantasia é sempre oriunda da interpretação de um fato real visto através da lente deformadora de uma fantasia ainda antiga.

Assim, tudo o que conta afetivamente para nós nunca é real, mas fantasiado. Em suma, diremos que toda fantasia é sempre precedida por outra fantasia e que a história de nossa vida afetiva é uma estratificação de fantasias significativas.

Por trás de um sintoma que se repete há uma fantasia que se exterioriza; e por trás de uma fantasia há o real.

3 termos da álgebra Lacaniana:
1) Significante - ocorrência repetitiva
2) Cadeia dos significantes
3) Sujeito do inconsciente - o efeito da ação repetitiva
4) Objeto

O autor vai finalizando o livro e diz que é papel do analista é 1º) levar o paciente a representar a situação traumática inconsciente na cena analítica. Dessa forma, ele entra no estado de revivescência, em que o analisando percebe em si mesmo o gozo inerente à sua fantasia inconsciente; 2º passo: o analisando deve familiarizar-se pouco a pouco com a situação traumática passada. E o 3º e último passo é que as revivescências repetidas conduzem o analisando a desidentificar-se com os personagens de sua fantasia  e a separar-se das emoções vividas por esses personagens. No luto, o enlutado se separa do objeto amado e perdido; na revivescência, o analisando se separa de um gozo tóxico que o alienava.


Do livro: Por que repetimos os mesmos erros. Nasio, Juan-David; tradução André Telles. -
. ed. rev. - Rio de Janeiro: Zahar, 2014.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Livro - Por que repetimos os mesmos erros - Parte III



Nesse artigo iremos discutir os artigos 5 e 6 do livro, o autor relata que o capítulo 6 é um dos mais importantes.

Capítulo 5 - Os três retornos de nosso passado: em nossa consciência, em nossos atos sadios e em nossos atos patológicos

O autor define que existem 3 modos de reincidência do passado no presente:
  • consciência
  • atos sadios
  • atos patológicos
A repetição patológica: designa o retorno compulsivo a um passado traumático que explode em comportamentos irreprimíveis, repetitivos, liberadores de tensão, por vezes violentos e sempre doentios.

Forte esse pedacinho do livro, né? Vamos ler de novo?

A repetição patológica: designa o retorno compulsivo a um passado traumático que explode em comportamentos irreprimíveis, repetitivos, liberadores de tensão, por vezes violentos e sempre doentios.

Ele também diz que a nossa memória é sempre invertida e infiel e que o presente opera como uma lente deformadora do passado.

Cada provação difícil que atravessamos, ou, ao contrário, cada instante feliz que vivemos, é uma nova camada que se acrescenta ao nosso eu e se funde com as antigas camadas que constituem a base da nossa personalidade.

Somos nosso passado em ato.

Sem dúvida, nosso passado nos segue a todo instante: o que sentimos, pensamos, desejamos, desde o nosso primeiro despertar e mesmo muito antes, age no presente.

Numa palavra, somos nosso passado atualizado, nosso inconsciente atualizado.  

Então, de novo: temos o retorno em um ato sadio de um passado afetivamente intenso, conturbado e recalcado; e o retorno em um ato patológico de um passado não simplesmente conturbado, mas traumático. E esse passado traumático é foracluído e recalcado.

O trauma, uma vez vivido, foracluído e recalcado , tem apenas uma impaciência, a de ser revivido ad infinitum.

O trauma é uma droga, e o traumatizado um viciado.

O próximo capítulo que irei comentar agora, foi o mais significativo pra mim! E o mais complexo também! O próprio título já diz tudo: fala da repetição patológica como um retorno compulsivo de um passado traumático que aparece no nosso presente como um sintoma ou uma ação impulsiva.



O próprio autor diz que é o tema mais importante do livro.
Qual é o tema? Repetição patológica e compulsiva.

A repetição patológica caracteriza diversos quadros clínicos psicopatológicos tais como:
  • a repetição inexplicável de fracassos graves
  • a multiplicação de rompimentos amorosos incompreensíveis
  • distúrbios obsessivos compulsivos
  • e finalmente toma uma gama de comportamentos aditivos (toxicomania, perversão sexual, vícios em jogos de azar, etc).
O que é então a repetição patológica? é uma emoção infantil, violenta, foracluída e recalcada que aparece, desapare e reaparece, alguns anos mais tarde sob a forma de uma experiência perturbadora.

O trauma, segundo o autor foi algo vivido pela criança na infância ou puberdade que gerou uma "emoção aguda e violenta" , meio real e meio imaginado. Que podem ser: caráter sexual, ou agressivo, ou melancólico e que faz o sujeito se sentir no centro do acontecimento, seja como vítima, agente ou testemunha.

Esse capítulo trouxe muito aprendizado e não escrevi nem sobre 1/4 dele ficando a 'deixa' para que vocês leiam o livro.

Até o próximo artigo que finalizará o livro!!!

Do livro: Por que repetimos os mesmos erros. Nasio, Juan-David; tradução André Telles. -
. ed. rev. - Rio de Janeiro: Zahar, 2014.

sábado, 8 de julho de 2017

Livro - Por que repetimos os mesmos erros - Parte II



Capítulo 2: A dupla empatia, exclusividade do psicanalista

Trechos interessantes:
  • por trás de um sintoma esconde-se sempre uma fantasia
  • definição de fantasia: é uma recordação inconsciente, o vestígio deixado no inconsciente, por um psicotrauma infantil
  • a fantasia não é uma memória passiva é uma ferida aberta e sangrenta
  • a emoção vivida conscientemente pela paciente quando sofre do seu sintoma repete a emoção dominante da fantasia de que a paciente não tem consciência
  • se você não entendeu as frases acima, leia umas 2 a 3x que entenderá... Rsrs
Capítulo 3: Definição geral da repetição

A repetição é uma série de pelo menos duas ocorrências em que um objeto aparece (1ª ocorrência), desaparece e reaparece (2ª ocorrência).

Três leis que presidem todo processo repetitivo:
1) Lei do mesmo e do diferente: o mesmo nunca se repete igual
2) Lei da alternância da presença e da ausência
3) Intervenção de um observador que enumera a repetição

Sem observar não há repetição.

Lacan não se limita a constatar que um sujeito pode ser atravessado por uma repetição que ele próprio ignora, mas que é constituído por ela, quer dizer, seu desejo, sua vida e seu destino são moldados pela repetição.

Capítulo 4: Os efeitos benéficos da repetição sadia: autopreservação, autodesenvolvimento e formação da identidade

Este capítulo inicia com o seguinte questionamento: podemos estipular um objetivo para a repetição? Ou ela teria um objetivo predeterminado? Ele cita Spinoza, que reduz toda a existência a tendência a "perseverar no ser".


A vida é a força que faz perseverar as coisas em seu ser.

A repetição tem a finalidade de produzir três efeitos importantes sobre nós: preservar nossa unidade de indivíduo, desenvolver ao máximo nossas potencialidades e consolidar o sentimento de que somos o mesmo ontem e hoje. Assim, a repetição produz um triplo efeito benéfico:

  • a autopreservação
  • o desenvolvimento pessoal
  • a consolidação da nossa identidade
DUAS FÓRMULAS QUE DEFINEM A IDENTIDADE:
- Repito, logo sou
- Sou aquilo que repito

Continua no próximo artigo que fala do melhor capítulo do livro.


Do livro: Por que repetimos os mesmos erros. Nasio, Juan-David; tradução André Telles. -
. ed. rev. - Rio de Janeiro: Zahar, 2014.

Livro - Por que repetimos os mesmos erros - Parte I



   "Justas ou injustas, as coisas acontecidas jamais serão destruídas. Nem o tempo, pai universal, seria capaz de impedi-las de terem sido e de renascerem. "
(Píndaro - 438 a.C)

E é com essa frase que esse transformador livro se inicia. O autor, Nasio, é um psicanalista e psiquiatra radicado na França. 

Queria deixar bem claro que eu não sou especialista no assunto gente, daí não esperem análises e tal. Eu aqui só apenas compartilho os pontos que os livros me acrescentaram na vida e destaco partes que gostei mais. Dito isto, vamos em frente! :)

O que esse livro trouxe para me acrescentar em vida? Fico em dúvida se devo organizar esse artigo novamente dividindo em capítulos (como fiz no Livro Comunicação Não Violenta de Mashall Rosenberg) ou se devo deixar fluir mais... E creio que irei deixar fluir colocando aqui minhas anotações.

Esse foi sem dúvida um dos melhores livros que já li em vida. Um presente livro em vida que me presenteou com alterações comportamentais e mudanças no meu olhar sobre meu trajeto até agora e o que há por vir. Então vamos nessa? O que há de tão interessante assim?

Um instantâneo clínico em que vemos o psicanalista escutar o paciente tendo em mente o conceito de repetição

Esse é o primeiro capítulo do livro, o título?? Complicado! Eu inicialmente achei que não entenderia o livro. Mas depois foi-se com uma leveza... Que o li tão rapidamente.

O autor fala sobre Raquel, uma jovem advogada que tem inexplicáveis acessos de sofrimento inconsolável. Sim!! Ele descreveu assim: sofrimento inconsolável!!! E o pior, Raquel não sabe o que a deixa triste.

Ela descreve como:
  • crises de lágrimas imotivadas;
  • sua impotência em superá-las;
  • medo de ver seu mal estar instalar-se definitivamente.

O autor defende que o analista deve escutar o paciente com ideias na cabeça (isso serve mais pra quem é profissional). E acrescenta! IMPORTANTE!! Há sempre a primeira vez em que um sintoma aparece e essa aparição inicial é decisiva para compreender a causa do sofrimento.

Outros trechos interessantíssimos:
- Jamais compreenderemos uma neurose num adulto se não localizarmos a neurose infantil de que ela é repetição
- Toda neurose no adulto repete uma neurose infantil

Da primeira aparição do distúrbio até a mais recente há uma série repetitiva.

Princípio da psicanálise: o distúrbio que não tem significado na cabeça do paciente sempre retorna em seus atos.

E pelo contrário, um distúrbio que encontrou um significado para de retornar.

PERGUNTAS:
1) Por que esse distúrbio é necessário?
2) Qual foi o encadeamento de eventos psíquicos que o tornou necessário?
3) De que problema ele é a solução?

E aí vem mais:

- Os distúrbios tentam ser solução de problemas!

- A verdade de um sujeito, quer dizer, o que o define intimamente, é mais o seu sintoma recorrente do que o seu romance familiar

- Há mais inconsciente num sintoma do que na recordação de um episódio familiar marcante

Ele sugere que seja feito detalhes das crises (por exemplo crise de tristeza):
- Em que ocasião surgiu?
- Em que momento do dia?
- No trabalho ou em casa?
- Em qual cômodo?
- Só, com alguém, ou pensando em alguém?
- Em que atitude corporal ela se encontra quando se sente triste?

Isso é observar o inconsciente. Qual é a cena do inconsciente?

E assim finaliza o capítulo 1 e mais uma vez fluiu organizando por capítulo.

Esse artigo continua.

Do livro: Por que repetimos os mesmos erros. Nasio, Juan-David; tradução André Telles. -
. ed. rev. - Rio de Janeiro: Zahar, 2014.




sexta-feira, 7 de julho de 2017

Livro - Comunicação Não violenta - Marshall B. Rosenberg - Parte IV

Capítulo 9
“Conectando-nos compassivamente com nós mesmos”
cnv 3
Esse capítulo é lindo, ele começa lembrando que somos pessoas especiais! E que devemos desenvolver a autocompaixão.
Devemos usar a Comunicação Não Violente (CNV) de modo a nos avaliar afim de promover o nosso crescimento e não o ódio por nós mesmos.
O capítulo estimula a cultivar a consciência por trás de nossas ações e dá como exemplo a frase: “Escolho ___ porque quero ____”, ao fazer isso nós vamos perceber que há valores por trás das escolhas que nós fizemos ou faremos!
Exemplos de algumas motivações:
1) Dinheiro: recompensa extrínseca. Pode custar caro. Priva de viver a alegria de ações baseadas na clara intenção de contribuir para uma necessidade humana;
2) Por aprovação (fazemos coisas pros outros gostarem de nós, e evitamos coisas que possam levá-las a não gostar de nós ou a nos punir). O autor ainda falar: “Acho trágico que trabalhemos tão duro para comprar amor e presumamos que precisamos nos anular e fazer coisas para que os outros gostem de nós.”
3) Para evitarmos uma punição
4) Para evitar a vergonha
5) Para evitar a culpa
6) Por dever
Cultivamos a autocompaixão ao escolhermos conscientemente agir apenas a serviço de nossas próprias necessidades e valores, em vez de por obrigação, por recompensas extrínsecas, ou para evitar a culpa, a vergonha ou a punição.
Troque o “tenho que fazer” por “escolho fazer”!

Capítulo 10
“Expressando a raiva plenamente”
FRASES-CHAVE:
  • Nossa cultura usa a culpa como meio para controlar as pessoas.
  • O primeiro passo no processo de expressar plenamente a nossa raiva é perceber que o que as outras pessoas fazem nunca é a causa de como nos sentimos.
  • A causa da raiva está em nosso pensamento – em ideias de culpa e julgamento
  • Sempre que estamos com raiva estamos julgando alguém culpado – escolhemos brincar de Deus julgando ou culpando a outra pessoa por estar errada ou merecer uma punição
  • Não é o comportamento das outras pessoas, mas nossas próprias necessidades que causam nossos sentimentos
  • Acredito que serviremos melhor à vida se concentrarmos nossa atenção nas nossas necessidades
  • Ao atender nossas necessidades, superamos a raiva
  • A raiva, porém, rouba energia ao direcioná-la para punir as pessoas, em vez de atender as nossas necessidades
  • Os julgamentos dos outros acabam contribuem para criar profecias que acarretam a própria concretização
  • Quanto mais escutamos os outros mais eles nos escutarão
  • As pessoas não escutam a nossa dor quando acham que têm culpa de algo

Capítulo 11
“O uso da força para proteger”
Esse capítulo fala sobre o uso da força como meio de proteção. Ele divide em duas intenções: uso protetor da força, cuja intenção é evitar danos ou injustiças. E uso punitivo da força, cuja intenção é fazer que as pessoas sofram por seus atos percebidos como inadequados.
Uma frase interessante do capítulo é: “quanto mais formos vistos como agentes de punição, mais difícil será para os outros responderem compassivamente a nossas necessidades.”
Capítulo 12
“Libertando-nos e aconselhando os outros”
Esse capítulo fala de como podemos nos libertar de comportamentos que nos limitam como seres humanos.
O capítulo defende que quando estamos enredados em pensamentos de crítica, culpa ou raiva, é difícil estabelecer um meio interno saudável para nós mesmos.
PONTOS-CHAVE:
  • Concentre-se no que deseja, não no que deu errado
  • Desarme o estresse estabelecendo empatia com os outro

Capítulo 13
“Expressando apreciação na comunicação não-violenta”
Esse é o último capítulo do livro e fala que devemos aceitar os elogios sem falsa humildade. A CNV encoraja a expressar apreciação somente para celebrar. 

Epílogo
Essa é a melhor parte do livro e me fez chorar. Não irei contar, desejo que vocês leiam o livro.
Termino com essa frase linda dessa parte do livro: “Nunca ande quando puder dançar.”
Livro - Comunicação Não violenta - Marshall B. Rosenberg 

Livro - Comunicação não violenta - Marshall B. Rosenberg - Parte III

Capítulo 7
“Receber com empatia”
Os outros capítulos explicavam como a gente deveria se expressar dentro da CNV. Esse explica como devemos receber o que os outros expressam pra gente.
Explica que devemos estar lá com a pessoa, mas não precisamos fazer nada. Apenas estar lá. O autor afirma que em vez de termos empatia, “tendemos a querermos dar conselhos ou encorajamento e de explicar nossa própria posição ou sentimento.”
A empatia por outro lado, requer que se concentre plenamente na pessoa que emite a mensagem.
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Alguns exemplos de obstáculos para se conectar aos outros com empatia:
  • aconselhar
  • competir pelo sofrimento
  • educar
  • consolar
  • contar uma história
  • encerrar um assunto: ex.: “Anime-se. Não se sinta tão mal.”
  • solidarizar-se
  • interrogar
  • explicar-se
  • corrigir
Algumas frases chave do capítulo são:
  • preste atenção às necessidades dos outros, e não ao que eles estão pensando de você
  • parafrasear poupa tempo
  • sabemos que a pessoa que fala recebeu empatia quando: (a) há um alívio na tensão ou (b) o fluxo de suas palavras chega ao fim
  • é impossível dar algo a alguém se nós próprios não temos: precisamos de empatia para darmos empatia
  • em algumas situações podemos expressar que não estamos com condições para escutar, podemos expressar nossa dor, se, no entanto, se a outra parte também estiver passando por tal intensidade de sentimentos e não conseguir nem nos escutar nem nos deixar em paz, o terceiro recurso é nos removermos fisicamente da situação. Damos a nós mesmos o tempo e a oportunidade de conseguir a empatia necessária para voltar com outro estado de espírito.
Capítulo 8
“O poder da empatia”
Capítulo que tece sobre o poder da empatia.
FRASES CHAVE:
  • a empatia nos permite “perceber nosso mundo de uma maneira nova e ir em frente”
  • é mais difícil ter empatia com aqueles que parecem ter mais poder, status ou recursos
  • Quanto mais temos empatia pela outra pessoa, mais seguros nos sentimos
  • nós “dizemos muita coisa” ao escutarmos os sentimentos e necessidades das outras pessoas
  • ofereça sua empatia, em vez de falar ‘mas…’ para uma pessoa com raiva
  • quando escutamos os sentimentos e necessidades das pessoas, paramos de vê-las como monstros
  • pode ser difícil ter empatia com aqueles que estão mais próximos de nós
  • ter empatia com o não de alguém nos protege de tomá-lo como pessoal
Livro - Comunicação não violenta - Marshall B. Rosenberg 

Livro Comunicação Não Violenta - Marshall B. Rosenberg - Parte II


Capítulo 5 
“Assumindo a responsabilidade por nossos sentimentos”
Nesse capítulo ele lista algumas das necessidades humanas básicas.
  1. AUTONOMIA: escolher seus próprios sonhos, objetivos e valores;
  2. CELEBRAÇÃO: celebrar a criação da vida e os sonhos realizados. elaborar a perda;
  3. INTEGRIDADE: autenticidade; autovalorização; criatividade; significado;
  4. INTERDEPENDÊNCIA: amor, apoio, aceitação, calor humano, confiança, empatia, respeito, segurança emocional;
  5. LAZER: diversão, riso;
  6. COMUNHÃO ESPIRITUAL: beleza, harmonia, ordem, paz;
  7. NECESSIDADES FÍSICAS: abrigo, água, alimento, ar, descanso, expressão sexual, exercício
Capítulo 6
“Pedindo aquilo que enriquecerá a nossa vida”
Esse capítulo trata do quarto componente da CNV: como solicitar. O que gostaríamos de pedir aos outros?
1º lugar: expresse o que está solicitando e não o que não está solicitando.
FRASES CHAVE: 
  • use uma linguagem positiva ao fazer pedidos
  • linguagem vaga favorece a confusão interna
  • expresse seus sentimentos e necessidades na hora de solicitar, pois não expressando pode ser entendido como exigência
  • para ter certeza de que a mensagem que enviamos é a mesma que foi recebida, podemos pedir ao ouvinte que a repita para nós
  • quando uma pessoa ouve de nós uma exigência, ela vê duas opções: submeter-se ou rebelar-se
  • como saber se é uma exigência ou um pedido: observe o que quem pediu fará se a solicitação não for atendida
  • é uma exigência se quem fez a solicitação critica ou julga a outra pessoa em seguida
  • também é uma exigência se quem fez a solicitação tenta fazer a outra pessoa sentir-se culpada
  • é um pedido se a pessoa que pediu oferece em seguida sua empatia para com as necessidades da outra pessoa
  • nosso objetivo é um relacionamento baseado na sinceridade e na empatia
Teve uma frase que me tocou muito: “A depressão é a recompensa que ganhamos por sermos bons.” Excelente capítulo!
Do livro: Comunicação Não Violente - Marshall B. Rosenberg

Livro Comunicação Não Violenta - Marshall B. Rosenberg - Parte I


Quem nunca já teve essa impressão de ter falado algo “normalmente” e ter sido interpretado como se não fosse tão normal assim?
Esse livro me ajudou muito, pois as vezes eu me comunicava de um jeito bastante agressivo, achando que estava esbanjando simpatia…
Sobre o autor: 
O autor é Marshall B. Rosenberg, especializado em psicologia social. Em 1984, fundou na Califórnia, o Center for Nonviolent Communication (CNVC), hoje tem dezenas de pessoas habilitadas a dar treinamentos em 30 países, incluindo o Brasil.
Por dentro:
O livro é dividido em 13 capítulos.

Só uma obs.: Eu não sou especialista no assunto gente, daí não esperem análises e tal. Eu aqui só apenas compartilho os pontos que os livros me acrescentaram na vida e destaco partes que gostei mais. Dito isto, vamos em frente! :) 
Capítulo 1
“Do fundo do coração”
Tece sobre o cerne, origem da comunicação não violenta. Nesse capítulo o autor fala de sua infância na cidade de Detroit, ano de 1943, onde eclodiu conflito racial (mais de 40 pessoas mortas!!!). 😦 Ele relata que sofreu preconceito por ser judeu. E que apanhou de colegas por conta disso.
Ele continua o capítulo 1 falando que compreendeu a importâncias das palavras e da linguagem. E que identificou uma abordagem específica de comunicação: falar e ouvir.
Se a gente fala e escuta a gente permite se ligar aos outros, de forma a criarcompaixão. 
Ele destaca: ” Quando utilizamos a comunicação não violenta (CNV) para ouvir nossas necessidades e as dos outros, percebemos os relacionamentos por um novo enfoque.”
O autor divide a CNV em quatro componentes:
1. observação
2. sentimento
3. necessidades
4. pedido
OBSERVE –> DIGA O QUE SENTE –> AFIRME SUAS NECESSIDADES –> FAÇA O PEDIDO
Exemplo do livro.: filho quando você deixa as meias soltas na casa (observação) eu fico irritada (sentimento), pois necessito de organização no espaço que estamos em comum (necessidade). Você poderia colocar suas meias na lavadora? (pedido
Mas além de dizer o que sente, você deve ser capaz de ouvir com empatia quando alguém expressa suas próprias necessidades.
Capítulo 2
“A comunicação que bloqueia a compaixão”
Trata de situações que tiram do nosso estado compassivo natural:
  • julgamentos moralizadores;
  • fazer comparações;
  • negação de responsabilidade;
Capítulo 3 
“Observar sem avaliar”
Nesse capítulo ele afirma que se a gente observa e avalia, as pessoas tendem a receber isso como crítica. Esse foi um dos capítulos que eu mais gostei, e foi um dos que mais teve impacto no meu dia-a-dia. Esse capítulo tem um exercício no final, pra saber se a pessoa sabe mesmo diferenciar observação de avaliação.
Capítulo 4
“Identificando e expressando sentimentos”
Cita vários exemplos de pessoas que expressaram sua vulnerabilidade e assim resolveram conflitos.
Continua em outras partes: II, III e IV.
Livro: Livro Comunicação Não Violente -  Autor: Marshall B. Rosenberg