quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Barba Azul, nossa autossabotagem

A tocaia do intruso: O princípio da iniciação




Eita... Agora vamos para um capítulo e tanto... Esse é um capítulo que fala do conto do Barba Azul, leiam o conto, gente... Ajuda: Segue o link: Conto Barba Azul

O título do capítulo é: “A tocaia do intruso: o princípio da iniciação”, vamos dividir esse título ao meio e destrinchar o que a dra Clarissa interpretou do conto! 

A primeira parte do título fala sobre a tocaia do intruso e o que é isso? Tocaia é o mesmo que armadilha, engano, carapuça... intruso é tudo o que não é bem vindo. Isso se refere ao Barbazul, que a Clarissa chamou de O PREDADOR NATURAL DA PSIQUE. 
Agora imagine o que é um predador: é aquele que come os mais fracos, ele devora a carne dos mais inferiores na cadeia alimentar. Natural porquē ele é inato. Ele nasce com a gente e da psique, porquê ele está presente dentro da nossa mente! 

Então o Barbazul é esse predador que está dentro da nossa mente e ele se alimenta da nossa fraqueza, desesperança, desassossego e frustrações. Como é que a mulher que deseja desenvolver o seu lado selvagem deve reagir para vencer esse predador? Para contê-lo e impedir que ele a destrua? Ficando de posse dos seus poderes instintivos: insigth, intuição, percepção, tenacidade no amor, cura intuitiva, cuidado com o próprio fogo criativo, visão e audição apuradas. 


Com quem é que o Barbazul se casa? Com as irmãs mais velhas que já tem os seus sistemas de alerme todos ligados ou com a mais nova, que ainda é bem ingênua? Com a mais nova! Ela é presa fácil! Ela apesar de ter percebido que tinha algo estranho, não respeitou sua percepção. Ao invés disso ela pensou: até que a barba dele não é tão azul assim... e assim enganou a si própria. 



E como é essa armadilha, essa tocaia que o Barbazul criou? Ele oferece tudo para a esposa, exceto a chave do CONHECIMENTO. Aquela que vai permitir que a mulher saiba onde está pisando e tenha conhecimento de todos os fatos, e ai no livro a Clarissa fala assim:

E quando o Barba-azul sai em viagem, a jovem não percebe que, embora ele a exorte a fazer tudo o que desejar — com exceção daquela única proibição —, ela está vivendo menos, não mais. ”

E é essa a prisão, muitas vezes, guiadas pelos desejos do ego, a mulher escolhe armadilhas.


Pois bem, a gente já falou da primeira parte do título: A TOCAIA DO INTRUSO. Agora vamos falar da segunda parte: O PRINCÍPIO DA INICIAÇÃO. 

O que é iniciação? É passar de um estado de conhecimento ou comportamento para outro estado. E esse processo de iniciação é necessário para a nossa individuação. A individuação é a busca da nossa totalidade plenitude. 

E no conto a figura do quarto escuro, com cadáveres e sangue, representa o processo iniciático da mulher. Ela vai passar do estado de ingenuidade para o de conhecimento! E ai inicia o seu processo de individuação. 




Então a Clarissa fala que a mulher "não deve ter medo de investigar o pior. Isso só lhe garante um aumento no poder da sua alma.  Mas deve ir com cuidado para não ficar presa." 

E como podemos fazer isso, segue as instruções:



"Enfraquecemos os ataques do predador natural levando a sério o que for verdade no que ele disser, trabalhando com essas verdades e ignorando o resto."

Ficamos mais fortes e impetuosas se usarmos o que for útil desse predador e descartar o resto, exemplo:

RAIVA: utilizar para fazer algo importante para o mundo;

ASTUCIA: investigar e compreender as coisas de forma distanciada;

INSTINTO ASSASSINO: para matar aquilo que não é bom dentro da gente; 




"A cura, tanto para a mulher ingênua quanto para a que teve os instintos fragilizados, é a mesma: tente prestar atenção à sua intuição, à sua voz interior; faça perguntas; seja curiosa; veja o que estiver vendo; ouça o que estiver ouvindo; e então aja com base no que sabe ser verdade."




Boa leitura!!

Links de acesso para outros artigos sobre o livro Mulheres que correm com os Lobos:
introdução
capítulo 1

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