O capítulo 1 é um dos mais curtos, eu pude entender dele que você tem que entrar nas histórias pra poder entender melhor e usar em sua vida, o conto é a história dos rabinos, que é bem curtinha, e eu desejo ser aquele que toca flautas! rsrs
Poderia finalizar o artigo aqui... Mas não foi só isso que ela nos disse! Com a ajuda dos podcasts Talvez seja isso de Mariana e Bárbara (procurem no Youtube ou no próprio aplicativo de podcasts) deu pra aprender bem mais coisas desse capítulo, que fala sobre a ressureição da mulher Lobo!
"Osso a osso, fio a fio de cabelo, a Mulher Selvagem vem voltando. Através de sonhos noturnos, de acontecimentos mal compreendidos e parcialmente esquecidos, a Mulher Selvagem vem chegando. Ela volta através das histórias."
Nesse momento, descobri que o conto central do livro é "La Loba" e não os "Os quatro rabinos", sério, passei pelo conto e não percebi ser uma história a mais! Por isso acho legal ter que escrever aqui no blog, ao tentar fazer uma síntese, eu acabo entendendo mais... rsrs
Coloco aqui o link pro conto La Loba , recomendo muito que leiam o conto antes de continuarem...
"Todos nós começamos como um feixe de ossos perdido em algum ponto num deserto, um esqueleto desmantelado que jaz debaixo da areia. É nossa responsabilidade recuperar suas partes. Trata-se de um processo laborioso que é mais bem executado quando as sombras estão exatamente numa certa posição, porque exige muita atenção. La Loba indica o que devemos procurar — a indestrutível força da vida, os ossos."
Cantar significa usar a voz da alma.
La Loba preserva a tradição feminina.
La Loba, a velha, Aquela Que Sabe, está dentro de nós.
"Embora esse local transmita imensa riqueza psíquica, ele não deve ser abordado sem antes alguma preparação, pois é grande a tentação de nos afundarmos alegremente no prazer de nossa estada ali. A realidade consensual pode, em comparação, parecer menos interessante. Nesse sentido, essas camadas mais profundas da psique podem se transformar numa armadilha de êxtase, da qual as pessoas voltam sem equilíbrio, com ideias duvidosas e pressentimentos impalpáveis. Não é assim que deve ser. A pessoa que volta deve estar completamente purificada ou ter sido mergulhada numa água revitalizante e inspiradora, algo que deixe na nossa pele o perfume do que é sagrado."
"Cada mulher tem acesso potencial ao Rio Abajo Rio, esse rio por baixo do rio.Ela chega até ele através da meditação profunda, da dança, da arte de escrever, de pintar, de rezar, de cantar, de tamborilar, da imaginação ativa ou de qualquer atividade que exija uma intensa alteração da consciência."
"O cuidado com que se deve penetrar nesse estado psíquico está registrado numa história curta porém eloqüente acerca de quatro rabinos que ansiavam por ver a sagrada Roda de Ezequiel."
Como o conto dos 4 rabinos é bem curtinho irei colocar aqui mesmo...
"Os quatro rabinos
Uma noite quatro rabinos receberam a visita de um anjo que os acordou e os levou para a Sétima Abóbada do Sétimo Céu. Ali eles contemplaram a sagrada Roda de Ezequiel.
Em algum ponto da descida do Pardes, Paraíso, para a Terra, um rabino, depois de ver tanto esplendor, enlouqueceu e passou a perambular espumando de raiva até o final dos seus dias. O segundo rabino teve uma atitude extremamente cínica. "Ah, eu só sonhei com a Roda de Ezequiel, só isso. Nada aconteceu de verdade!' O terceiro rabino falava incessantemente no que havia visto, demonstrando sua total obsessão. Ele pregava e não parava de falar no projeto da Roda e no que
tudo aquilo significava... e dessa forma ele se perdeu e traiu sua fé. O quarto rabino, que era poeta, pegou um papel e uma flauta, sentou-se junto à janela e começou a compor uma canção atrás da outra elogiando a pomba do anoitecer, sua filha no berço e todas as estrelas do céu. E daí em diante ele passou a viver melhor."
Lá no sítio eu estava lendo e fiz esse esquema aqui abaixo...
Por enquanto, acho que estou meio na fase 3 de obsessão (risos). Esse livro tem me feito um bem danado que tenho falado pra minha irmã, tia, amigas... Enfim, compartilhado. Mas tentaremos ser 4, né?
Enfim, continuando a leitura... Outras partes f*d@s:
- A história recomenda que a melhor atitude para vivenciar o inconsciente profundo é a do fascínio sem exagero ou retraído, sem excessos de admiração ou de cinismo; com coragem, sim, mas sem imprudência.
- Essa é a nossa técnica de meditação enquanto mulheres, a evocação de aspectos mortos e desagregados de nós mesmas, a evocação de aspectos mortos e desagregados da própria vida.
- Nossa tarefa reside em captar a situação temporal de cada um: permitir a morte àquilo que deve morrer, e a vida ao que deve viver.
- Quando La Loba canta, ela está cantando a partir do saber contido nos ovários, um conhecimento que vem das profundezas do corpo, do fundo da mente, do fundo da alma.
- Muitas mulheres com quem trabalhei durante todos esses anos começavam sua primeira sessão com alguma variação em torno da seguinte frase: "Bem, não me sinto mal, mas também não me sinto bem." Para mim, essa condição não é um mistério tão grande assim. Sabemos que ela tem como origem uma falta de esterco. A cura? La Loba. Descubram a mulher de dois milhões de anos. Ela é quem cuida do que já morreu e do que está morrendo nas mulheres. Ela é o caminho entre os vivos e os mortos. É ela quem canta os hinos da criação sobre os ossos.
- Os ossos representam a força indestrutível;
- Dentro de nós estão os ossos espirituais da Mulher Selvagem. Dentro de nós está o potencial de readquirir nossa carne, como a criatura que um dia fomos.
- La Loba, é a guardiã da alma. Sem ela, perdemos nossa forma.
Para finalizar o capítulo, Clarissa usa a simbologia do deserto. Ela diz que como a La Loba, nós quase sempre começamos num deserto, temos sensação "de perda de direitos, de alienação, de não estarmos vinculadas nem mesmo a uma moita de cactos." E ela diz que os antigos diziam ser o deserto o lugar de revelação divina, realmente agora lembrando dos relatos da Bíblia foi no deserto que Jesus foi tentado e posto à prova... E a autora relata que muitas de nós vivemos vidas desérticas: "ínfimas na superfície e imensas por baixo".
Leia com atenção esses 3 parágrafos abaixo:
A psique de uma mulher pode ter chegado ao deserto em virtude da ressonância, devido a crueldades passadas ou por não lhe ter sido permitida uma vida mais ampla a céu aberto. Por isso, muitas vezes uma mulher tem a sensação de estar vivendo num local vazio, onde talvez haja apenas um cacto com uma flor de um vermelho vivo, e em todas as direções 500 quilômetros de nada. No entanto, para aquela que se dispuser a andar 501 quilômetros, existe mais alguma coisa. Uma casa pequena e admirável. Uma velha. Ela está à sua espera.
Algumas mulheres não querem estar no deserto psíquico. Elas detestam a fragilidade, a escassez. Não param de tentar fazer com que um calhambeque enferrujado funcione para que possam descer aos solavancos pela estrada na direção de uma refulgente cidade que fantasiam na psique. Decepcionam-se, porém, pois a
exuberância e a vida selvagem não se encontram ali. Elas estão no mundo do espírito, no mundo entre os mundos, Rio Abajo Rio, no rio por baixo do rio.
exuberância e a vida selvagem não se encontram ali. Elas estão no mundo do espírito, no mundo entre os mundos, Rio Abajo Rio, no rio por baixo do rio.
Não seja tola. Volte, pare debaixo daquela única flor vermelha e siga em frente percorrendo aquele último e árduo quilômetro. Aproxime-se e bata à porta castigada pelas intempéries. Suba até a caverna. Atravesse engatinhando a janela de um sonho. Peneire o deserto e veja o que encontra. Essa é a única tarefa que temos de cumprir.
Boa leitura!
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