segunda-feira, 18 de setembro de 2017

Manawee - Capítulo 4 - Mulheres que correm com os lobos

O parceiro: A união com o outro
Um hino para o Homem Selvagem: Manawee

Esse capítulo é muito fofinho. Como eu demorei a escrever sobre ele, algumas coisas cairam no esquecimento, no entanto, acho isso benéfico, pois assim, focarei no que realmente for importante.

Para ler o conto (oriento) clique aqui

Ensinamentos importantíssimos do livro:


  • Não podemos cair nas armadilhas. Se quisermos chegar a um lugar, precisamos manter o nosso foco;
  • precisamos estarmos atentas e fortes para lutar contra o estranho sinistro;
  • o estranho sinistro vai tentar arrancar de nós a sabedoria.

A natureza dual das mulheres

Partes que destaco:

Essa história fala do mistério de duas poderosas forças femininas numa única mulher.

O ser exterior vive à luz do dia e é observado com facilidade. Muitas vezes é uma pessoa pragmática,
aculturada e muito humana. Já a criatura costuma chegar à superfície vindo de muito longe e com freqüência aparece e desaparece rapidamente, embora sempre deixe uma sensação: algo de surpreendente, original e sagaz.

Da mesma forma, a mulher tem enormes poderes quando os aspectos duais individuais são reconhecidos consciente-mente e considerados como uma unidade; mantidos unidos em vez de separados. O poder de ser dois é muito forte, e nenhum dos dois lados deve ser negligenciado. Eles precisam ser alimentados da mesma forma, pois juntos proporcionam ao indivíduo um poder excepcional.

Na história, o pai das gêmeas age como guardião do par místico. Ele simboliza uma característica intrapsíquica real que garante a integridade de coisas que "ficam juntas" e que não são separadas. É ele que testa o valor, a "correção" do pretendente. Ter um guardião desse tipo é bom para as mulheres.

Uma psique saudável que contenha um guardião paternal não aceita simplesmente qualquer pensamento, atitude ou pessoa, apenas aquelas que são sensíveis ou que se esforçam para sê-lo.

A sedução furtiva dos apetites

Não é por acaso que homens e mulheres se esforçam para descobrir o lado mais profundo da sua natureza e, no entanto, têm sua atenção desviada por inúmeras razões, em sua maioria prazeres de diversos tipos. Alguns tornam-se dependentes dessas preferências e ficam para sempre enredados nelas, sem conseguir jamais continuar seu trabalho.

O cãozinho a princípio também é distraído pelo seu apetite. Os apetites são muitas vezes forajidos pequenos e encantadores, ladrões, dedicados ao roubo do tempo e da libido.


Jung observou que é preciso impor algum controle aos apetites humanos.

Podem se esquecer do que os motivava a agir.

Existem elementos na psique de todo mundo que são traiçoeiros, trapaceiros e maravilhosos. Esses elementos são inimigos da conscientização. Eles vicejam por manter tudo oculto e excitante.

A lembrança da verdadeira tarefa e sua repetida recordação dentro de nós mesmas, no estilo de um mantra, nos devolverá a consciência.

A conquista da ferocidade

O estranho sinistro pode ser encarnado por uma pessoa verdadeira no mundo exterior ou por um complexo negativo interno. Não importa qual seja a apresentação, o efeito devastador é o mesmo.

Isso pode ocorrer na vida objetiva quando um incidente, um lapso, algum acontecimento estranho de
qualquer natureza, surge de repente e tenta nos fazer esquecer quem nós somos.

Às vezes o único meio de aprendermos a nos manter fiéis ao nosso conhecimento profundo resulta do surgimento desse estranho à nossa frente. Somos, então, forçadas a lutar pelo que prezamos — lutar para ter firmeza naquilo a que nos dedicamos, lutar para superar nossas motivações espirituais mais superficiais, o que Robert Bly chama de "desejo de se sentir maravilhoso", lutar para terminar o que iniciamos.

Mulheres que correm com os lobos

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